Inspirada pelas 'As cartas que eu
não mando (Leoni)' decidi (eu acho) tirar do armário as cartas que escrevi e
nunca mandei. Bem na verdade nunca tive intenção de mandar. Só as precisava
tirar de mim, arrancar as palavras não pronunciadas que me sufocavam e iam me
matando pouco a pouco.
Amanhã, quem sabe, mudo de ideia
e não me importo mais com isso. Sem querer fui mudando, errando e mudando,
mudando e errando... Mas, o certo e o errado não existem (e isso eu aprendi) o
que define: é se te faz feliz, se te deixa bem e etc...
E estou bem, preparando pra tatu,
de alargador, de cabelos diferentes, bem mais mulher, mais eu, mais amiga, mas
feliz.
Superando as perdas dos últimos
tempos, decidi (isso é de verdade) deixar o medo do eterno.
Quero o entender como ‘uma fração
de segundos’, então vivo de eterno a todo o tempo e isso é bom. Cada coisa é um
eterno em mim, cada pessoa é eterna para mim, cada sofrimento, alegria,
suspiro, pôr-do-sol, tudo faz parte do meu eterno, da minha vida, da minha
eternidade como gente, como coisa, como mulher, como ser!
E isso me agrada!
As Cartas Que eu Não Mando - Leoni
Rio de
Janeiro
Hoje é 23 do 3
Como vão as coisas
De mês em mês
Eu me sento pra escrever pra você
Hoje é 23 do 3
Como vão as coisas
De mês em mês
Eu me sento pra escrever pra você
Eu
reformei a casa
Você não soube disso
Nem das outras coisas
Sabe eu tive um filho
Faz tempo que eu me perdi de você
Você não soube disso
Nem das outras coisas
Sabe eu tive um filho
Faz tempo que eu me perdi de você
Guardo
pra te dar
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (2x)
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (2x)
Eu vi
alguns amigos
Tropeçando pela vida
Andei por tantas ruas
São estórias esquecidas
Que um dia eu quis contar pra você
Tropeçando pela vida
Andei por tantas ruas
São estórias esquecidas
Que um dia eu quis contar pra você
Eu fico
imaginando
Sua casa e seus amigos
Com quem você se deita
Quem te dá abrigo
Eu me lembro que eu já contei com você
Sua casa e seus amigos
Com quem você se deita
Quem te dá abrigo
Eu me lembro que eu já contei com você
Guardo
pra te dar
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (2x)
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (2x)
E as
pilhas de envelopes
Já não cabem nos armários
Vão tomando meu espaço
Fazem montes pela sala
E hoje são a minha cama
Minha mesa, meus lençóis
E eu me visto de saudades
Do que já não somos nós
Já não cabem nos armários
Vão tomando meu espaço
Fazem montes pela sala
E hoje são a minha cama
Minha mesa, meus lençóis
E eu me visto de saudades
Do que já não somos nós
Guardo
pra te dar
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (4x)
as cartas que eu não mando
Conto por contar
Eu deixo em algum canto (4x)
(http://letras.mus.br/leoni/109168/)
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